terça-feira, 10 de agosto de 2010

Interrupção da Vida

                                        Interrupção da vida

                                                                  Por Natália Franciele Leandro da Silva

É muito difícil aceitar o que não podemos entender, o que não nos oferece respostas. “Como alguém pode morrer, antes de nascer?”. Essa é a pergunta freqüente das mães que não puderam ter o filho em seus braços. A experiência do aborto costuma ser solitária, por mais que existam pessoas à volta. O vazio e a tristeza são sentimentos bastante comuns neste momento, sendo importante e necessária a vivência do luto frente a esse acontecimento.O aborto ainda é um tabu nos dias atuais por isso precisa ser mais divulgado para podermos ajudar muitas familias, pois a perda gestacional destrói vidas principalmente a da mulher. Todas as mulheres sofrem muito e algumas entra em psicose. Muitas pessoas não compreendem o choro dessas mães por uma criança que não nasceu; não nasceu para quem não tem o dom de carregar um filho no ventre, mas para essa mulheres que desde o início da gravidez já sentem as transformações dentro de si não é justo achar que a criança não existe, porque o que estava dentro dela não era um pedaço de carne era uma vida que posteriormente faria parte da vida de outras também. É verdade que o tempo ajuda a fechar feridas, mas as cicatrizes são para sempre. O medo de engravidar novamente e de que ocorram novas perdas é um fantasma que persegue quem já vivenciou um aborto.



O que é aborto?

Aborto é a interrupção da gravidez pela morte do feto ou embrião, junto com os anexos ovulares. Pode ser espontâneo ou provocado. O feto expulso com menos de 0,5 kg ou 20 semanas de gestação é considerado abortado. Atualmente no Brasil o aborto é considerado crime, exceto em duas situações: de estupro e de risco de vida materno.
“Mesmo no cenário de sub-informação que cerca os registros sobre aborto, de um modo geral, a mortalidade oficial é alta. Uma mulher morre a cada três dias, vítima desse agravo. No ano de 1998 (o último com dados disponíveis). foram 3,58 mortes para cada 100.000 nascidos vivos (nos Estados Unidos são 0,4 morte), ou uma para cada 25.000 crianças nascidas vivas. Foram 119 mulheres que tiveram o aborto como causa declarada de sua morte e apenas 72,3% delas receberam assistência médica. Em 23,5% dos casos não havia informação sobre o tipo de assistência recebida e 4,2% não tiveram assistência médica, segundo consta em seus atestados de óbito”. Fonte: Bemfam, 1998.

Principais sintomas do aborto
-Sangramento da vagina. A quantidade de sangue pode variar de algumas gotas de sangue a sangramento intenso. O sangramento pode começar sem nenhum aviso ou pode apresentar um corrimento escuro primeiramente.
- Dor como cãibra em seu baixo abdômen
- Secreção abundante proveniente de sua vagina sem sangue ou dor. Isto pode significar que suas membranas se romperam (sua bolsa d'água estourou). Pode ser percebido algum material sólido passando através de sua vagina. Tente guardar este material para seu médico examinar.É possível que não tenha sangramento ou dor, mas o feto tenha morrido e os sintomas da gravidez já não existam mais.

Aborto espontâneo
Muitas vezes fica difícil saber porque ocorreu o aborto, pois pode ocorrer por problemas apresentados pelo próprio feto, ou, ainda, por problemas de saúde com a gestante. Contudo, a maior parte dos abortos ocorrem quando os cromossomos do espermatozóide encontram com os cromossomos do óvulo. Muitas vezes o bebê (também chamado de feto) não se desenvolve por completo, ou desenvolver-se de maneira anormal. Em casos como estes, o aborto é a maneira que o corpo termina a gravidez que não está se desenvolvendo normalmente. Outras possíveis causa é infecção do útero, diabetes, uso de álcool, bebida e drogas. Há também o problema do cérvix ( parte baixa do útero) que aumenta para dar passagem para o bebê no parto, mas em muitas mulheres isso ocorre antes do tempo causando o aborto. Se descoberto sedo a gestante pode fazer um tratamento.

Aborto espontâneo


Aborto induzido

Ocorre por opção ao encerramento da gravidez. Este procedimento oferece risco cada vez maior a medida em que o tempo de gravidez vai aumentando. Infelizmente, muitas mulheres morrem por complicações em abortos realizados em clínicas clandestinas e também por utilizarem meios alternativos que comprometem sua saúde. O aborto químico ocorre pela ingestão de medicamentos, dificilmente encontrados na internet qual seriam por motivos óbvios, provocando a expulsão do embrião. Medicamentos esses baseados em uma grande quantidade de hormônios.
Não funcionando o aborto por medicamentos é feito a aspiração do útero a fim de retirar o feto, ou os restos que sobraram dele.
Outra forma, isso quando o feto já tiver um pouco maior, é a curetagem. Que consiste em introduzir um aparelho cirúrgico no útero cortando o feto em pedaços, sendo retirado um a um. Esse procedimento faz com que o médico tenha que montar os pedaços do feto do lado de fora para garantir que não ficou nenhum pedaço na interior da mãe, com o risco de causar graves infecções. Atualmente existem pesquisas que afirmam que o feto sente dor a partir da sétima semana de vida, outras pesquisa dizem que não, mas independente da confirmação nós sabemos sim que essas mães sofrem muito por causa de seus filhos.




Bebêsabortado por uso de medicamento e curetagem


Esse é um dos problemas mais graves em nosso país e no mundo, o aborto é um sofrimento infinito pelo qual muitas mães passam. Diga não ao aborto, pois pense que esse feto poderia ser você!

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